quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

No Reino do Coração

NO REINO DO CORAÇÃO 
 
 
 
Em verdade, asseverou Jesus que o Reino de Deus ainda não é deste mundo, no entanto, várias vezes, afirma que esse Reino permanece dentro de nós.
Muitos aguardam a vinda espetacular do Céu à Terra, ignorando que a construção do Céu há de começar em nós, se nos propomos alcançar a Vida Perfeita.
Não olvides o reino do coração, se anelas trabalhar pelo Reino do Cristo.
Não podes sustar a perturbação que ruge em derredor de teus passos, entretanto, é possível apaziguar a própria alma e encontrar dentro dela um abrigo de serenidade e esperança.
Não podes paralisar o verbo que fere e vergasta, mas, é fácil guardar o próprio espírito em silêncio para somente movimentá-lo na bondade que ajuda, compreende e perdoa.
Não podes, sem dúvida, inventar, de repente, hospitais e escolas, lares e templos em que a coletividade enferma e sofredora encontre, de imediato, remédio e ensinamento, aconchego e fé viva, contudo, ainda hoje, é possível socorrer o parente desarvorado, amparar a criança infeliz, consolar o velhinho anônimo, auxiliar ao ignorante com uma frase amiga ou encorajar o irmão doente.
Não podes, de improviso, impedir a carreira do mal, no entanto, é justo te consagres ao bem, como ponto de apoio ao amor puro que se derrama da Esfera Divina, em benefício da Humanidade em crescimento para a Luz.
Para isso, porém, é preciso te escudes, hoje e amanhã, na boa vontade.
Lembremo-nos de que o valor de nossa existência está em função do valor que a nossa vida represente para as vidas que nos rodeiam.
Ainda mesmo que todas as circunstâncias te hostilizem, ajuda sempre.
A Eterna Sabedoria, a seu tempo, se manifestará, abençoando-te o sacrifício.
Realmente, não podes aguardar o Reino de Deus na Terra de agora, mas, desde agora, podes iluminar o Reino de Deus que está em ti.
Avalia as bênçãos que te marcam os dias e as vitórias íntimas que entesouraste no campo das próprias experiências e nunca te acomodes com o desespero.
 
Emmanuel
Livro: Irmão  - Francisco Cândido Xavier
 
 

.

Nenhum comentário: