quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

O silêncio dos bons

"O que mais preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem ética.
O que mais preocupa é o silêncio dos bons."
Martin Luther King

 

 

O silêncio dos bons

 

O jovem Juscelino Kubitschek, de 12 anos, ganha seu primeiro par de sapatos. Passou fome. Jurou estudar e ser alguém. Com inúmeras dificuldades, concluiu Medicina e se especializou em Paris. Como presidente, modernizou o Brasil. Legou um rol impressionante de obras e amantes; humilde e obstinado, é (e era) querido por todos.

 

Brasília, 2003. 
 
Lula assume a presidência. Arrogante, se vangloria de não ter estudado. Acha bobagem falar inglês.

"Tenho diploma da vida", afirma.  
E para ele basta. Meses depois, diz que ler é um hábito chato. Quando era sindicalista, percebeu que poderia ganhar sem estudar e sem trabalhar - sua meta até hoje, ao que parece.


Londres, 1940. 
Os bombardeios são diários, e uma invasão aeronaval nazista é iminente. O primeiro-ministro W. Churchill pede ao rei George VI que vá para o Canadá. Tranqüilo, o rei avisa que não vai. Churchill insiste: então que, ao menos, vá a rainha com as filhas. Elas não aceitam e a filha mais velha entra no exército britânico; como  tenente-enfermeira, sua função é recolher feridos em meio aos bombardeios. Hoje ela é a rainha Elizabeth II.

 

Brasília, 2005. 
A primeira-dama Marisa requer cidadania italiana - e consegue.

Explica, candidamente, que quer "um futuro melhor para seus filhos".


E O FUTURO DOS NOSSOS FILHOS? 
 
Washington, 1974. 
A imprensa americana descobre que o presidente Richard Nixon está envolvido até o pescoço no caso Watergate.

Ele nega, mas jornais e Congresso o encostam contra a parede, e ele acaba confessando. 

Renuncia nesse mesmo ano, pedindo desculpas ao povo.

 

Brasília, 2005.

Flagrado no maior escândalo de corrupção da história do País, e tentando disfarçar o desvio de dinheiro público em caixa 2, Lula é instado a se explicar. Ante as muitas provas, Lula repete o "eu não sabia de nada!", e ainda acusa a imprensa de persegui-lo. Disse que foi "traído", mas não conta por quem.

 

Londres, 2001.
 
O filho mais velho do primeiro-ministro Tony Blair é detido, embriagado, pela polícia. Sem saber quem ele é, avisam que vão ligar para seu pai buscá-lo. Com medo de envolver o pai num escândalo, o adolescente dá um nome falso. A polícia descobre e chama Blair, que vai sozinho à delegacia buscar o filho, numa madrugada chuvosa. Pediu desculpas ao povo pelos erros do filho.

Brasília, 2005.

O filho mais velho de Lula é descoberto recebendo R$ 5 milhões de uma empresa financiada com dinheiro público. Alega que recebeu a fortuna vendendo sua empresa, de fundo de quintal, que não valia nem um décimo disso. O pai, raivoso, o defende e diz que não admite que envolvam seu filhinho nessa "sujeira".

Qual sujeira?

Nova Délhi, 2003.

O primeiro-ministro indiano pretende comprar um avião novo para suas viagens. Adquire um excelente, brasileiríssimo BEM-195, da Embraer, por US$ 10 milhões.

Brasília, 2003.

Lula quer um avião novo para a presidência.
Fabricado no Brasil não serve. Quer um dos caros, de um consórcio anglo-alemão. Gasta US$ 57 milhões e manda decorar a aeronave de luxo nos EUA.

Ele precisa voltar para o caminho da dignidade.




 

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