quarta-feira, 6 de maio de 2009

FESTA DE ARROMBA

  
Cansado da agitação da vida urbana, Celso larga o emprego, compra um pedaço de terra no Amazonas e se muda para lá. Ele vê o carteiro uma vez por semana e vai à mercearia uma vez por mês. No mais, é paz e tranqüilidade.

Seis meses depois, em dezembro, alguém bate na porta. Celso abre e vê um homem barbudo, enorme,
que diz:
- Meu nome é Chicão, seu vizinho, 7 léguas daqui. Festa de Natal lá em casa, sexta-feira. Começa às
cinco.
Celso se entusiasma:
- Ótimo, depois de seis meses por aqui, na solidão, nada melhor que isso. Muito obrigado, vou sim.
Chicão começa a ir embora, pára e diz:
- Seguinte: vai rolar bebida.
- Sem problema. Eu topo.
Novamente Chicão começa a ir embora, mas pára e diz:
- Olha, também pode ter briga.
- Sem problema, eu me dou bem nesses lugares. Mais uma vez obrigado.
Chicão continua:
- E pode ter sexo meio selvagem...
- Também não é problema. Eu estou aqui faz 6 meses. Mais um motivo para ir. E, aproveitando, me diz
uma coisa: qual é o traje?
Chicão:

- Cê é que sabe.  É só nós dois.

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